Tudo sobre Suspeita : Ananindeua (PA)– O prefeito Dr. Daniel Santos (PSB) voltou ao centro de uma polêmica que levanta sérias suspeitas de favorecimento e conflito de interesses. O gestor foi flagrado viajando em um jatinho pertencente a uma empresa de contratos milionários com a Prefeitura de Ananindeua.

De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave de matrícula PPOLY é operada pela empresa Norte Ambiental Gestão e Serviços, responsável por contratos que já somam R$ 58,5 milhões com o município entre 2023 e 2025.

A mesma empresa tem sido alvo de denúncias por supostamente utilizar uma organização de fachada para atuar na coleta de lixo sem licitação — o que reforça os questionamentos sobre a lisura e transparência da gestão municipal.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Ananindeua não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

A “Machadinha” sob suspeita

Nos bastidores da política local, o episódio ficou conhecido como “voo da Machadinha”, em referência a possíveis práticas de favorecimento e movimentações suspeitas dentro dos contratos públicos firmados pela gestão.

Embora ainda não existam provas diretas de irregularidade, especialistas em administração pública afirmam que o uso de um bem particular pertencente a uma empresa contratada pelo poder público pode configurar vantagem indevida e fere diretamente o princípio da moralidade administrativa previsto na Constituição Federal.

Escalada de contratos e silêncio oficial

Os dados do Portal da Transparência mostram um crescimento vertiginoso dos repasses à Norte Ambiental: de R$ 7 milhões em 2023, saltando para R$ 39,3 milhões em 2025.

A rápida ampliação de contratos e a relação próxima entre o prefeito e os empresários do grupo aumentam as desconfianças sobre a origem e o destino dos recursos públicos.

O Ministério Público do Pará e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM)devem ser provocados a investigar o caso, diante da gravidade dos fatos e do potencial dano ao erário.

A ética sob o holofote

Mais do que um simples voo, o caso reacende o debate sobre a ética na administração pública e a responsabilidade dos gestores em manter distância de fornecedores milionários.

A população de Ananindeua acompanha com atenção os desdobramentos. Entre vídeos de jatinhos, contratos inchados e silêncio oficial, cresce o sentimento de que a transparência ficou em segundo plano, enquanto o poder continua nas alturas.

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