
O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Com a criação do “Setembro Amarelo” diversas iniciativas promovidas por uma rede composta por vários atores públicos e privados tornaram possível estabelecer um esforço conjunto em favor da vida.
Dados no Brasil
O Ministério da Saúde divulgou, em 2018, novos dados sobre tentativas e óbitos por suicídio no país. O levantamento aponta que a intoxicação exógena é o meio utilizado por mais da metade das tentativas de suicídio notificadas no Brasil. “Esse quadro nacional reflete também nas pessoas que foram atendidas no HMS, o segundo é por tentativa de enforcamento”, relatou Lígia.
Com relação aos óbitos, a intoxicação é a segunda causa, com 18%, ficando atrás das mortes por enforcamento, que atingem 60% do total. Para ampliar a assistência, foram habilitados novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV) agora são gratuitas e o Governo investiu na qualificação dos profissionais que atuam no SUS. Em Santarém, o CVV fica na Av. Sorriso de Maria, 525, Jardim Santarém e o contato telefônico pode ser feito pelo Disque 188.
“Os dados mostram um crescimento. Isso é uma questão de saúde pública que tem se agravado no País, principalmente para que possamos diminuir o preconceito e o estigma nas pessoas que tentam o suicídio”, enfatizou o diretor técnico do Instituto Panamericano de Gestão (IPG), empresa que administra o HMS e a UPA, André Franco.
Sinais de alerta
Os sinais de alerta nem sempre são óbvios e podem variar de pessoa para pessoa. São apenas sinalizadores, não o diagnóstico em si, podendo nem estarem presentes e não indicarem necessariamente riscos de suicídio. Mas como são comumente associados ao perfil, vale a pena serem observados e conhecidos.
Algumas pessoas deixam suas intenções claras, enquanto outras mantêm os pensamentos suicidas e sentimentos ocultos. É importante ressaltar que quem tem depressão deve ser acompanhado por um especialista. Os sinais de alerta são:
- Falar sobre suicídio – Por exemplo, fazer declarações como “Eu vou me matar”, “Eu gostaria de estar morto” ou “Eu queria não ter nascido”;
- Ausência ou abandono de planos futuros, desesperança;
- Obter os meios para tirar sua própria vida, como comprar uma arma ou estocar comprimidos;
- Isolar-se do contato social e querer ficar sozinho;
- Apresentar mudanças de humor, como estar emocionalmente eufórico em um dia e profundamente desencorajado noutro dia;
- Mostrar-se muito preocupado com a morte, embora também o completo oposto também seja preocupante, como falar destes temas com desdém ou sarcasmos.
Fonte: G1 Santarém
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